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Quase metade dos brasileiros desconhecem riscos de ataque a roteadores

Invasões podem comprometer navegação de usuários e até vazar dados bancários; saiba se proteger


 

Cerca de 40% dos brasileiros desconhecem os possíveis riscos ao deixar seus roteadores desprotegidos, segundo estudo da Kaspersky. O levantamento da empresa de segurança levou em conta usuários de diferentes países da América Latina, e o Brasil ficou em terceiro no quesito, atrás de Peru (50%) e Chile (46%). O acesso indevido a uma rede Wi-Fi pode levar a problemas como roubo de dados bancários,mudança de endereços de sites em geral ou até o uso do processamento de computadores para mineiração de criptomoedas.


Vale ressaltar que, com muitas pessoas fazendo home office durante a quarentena por conta do novo coronavírus, é ainda mais importante


Ao todo, foram levados em conta seis países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, com um total de 2.291 pessoas entrevistadas em proporções semelhantes de homens e mulheres. Os grupos foram divididos em três faixas etárias: 18 a 24 anos, 25 a 34 anos e 35 a 50 anos, e os dados foram coletados entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020.


O levantamento também revela que, no Brasil, 24% da população ainda não entende o conceito de Internet das Coisas, assim como muitos não sabem da existência de correções de segurança para estes dispositivos. Além disso, a pesquisa também apontou que 22% das pessoas não têm interesse em saber se seus Smartphones foram invadidos.



Outros países também alcançaram altos índices de desconhecimento de ferramentas. Usuários do Peru e Chile, por exemplo, têm índices de 25% para pessoas que não conhecem ou não entendem o conceito de Internet das coisas. Logo depois, vem o Brasil, com 24% da população, enquanto Argentina e México aparecem logo depois, com 22% cada. Em relação ao desinteresse sobre as formas com que hackers atuam, a Kaspersky chegou a números relativamente altos. Vale destacar a Argentina, com 36% das pessoas alegando não ter essa preocupação, enquanto o Brasil aparece com 22%.


Proteção

A Kasperky lembra que a técnica mais comum de invasão a roteadores consiste em conseguir acesso através da senha padrão do dispositivo. Isso dá ao invasor a capacidade de alterar o DNS do aparelho, permitindo controlar a navegação do usuário pela Internet, redirecionando-o a páginas fraudulentas com a URL semelhante à do site original, o que dificulta a detecção do golpe.


Uma das dicas é alterar o login e a senha do roteador ao iniciar a configuração, já que os valores originais seguem um padrão comum e de fácil acesso. Da mesma forma, é importante desativar os ajustes remotos para diminuir os riscos. Ao navegar pela Internet, a recomendação é utilizar uma VPN para criptografar os dados e garantir uma camada extra de segurança.


Outra recomendação é manter o firmware do aparelho atualizado. Já nos dispositivos utilizados na rede, é importante ter ferramentas de segurança ativas, que devem ajudar a proteger, identificar e eliminar problemas no Wi-Fi.

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